Sentir

Depois de lerem um pouco do meus pequenos trexos de vida disseram-me "'Tu sentes com bué da força"
Hã? -  perguntei eu
Sim, tu sentes com bué da força
Ok... nunca ninguém me tinha dito isto, ou desta maneira vá; mas hoje  dei por mim a pensar no assunto: mas haverá outra maneira de sentir senão por inteiro, intensamente, sentir de verdade sem vergonha, sem medo?!Se há, para mim, isso não é sentir... não é viver, não é ser!!! Não sei sentir por metade, não sei viver por metade, não sei ser Patricia por metade....Mas não é fácil ser-se assim, não é fácil viver com angustia, dúvida, rir ou chorar, ter raiva e saudade, não é fácil sentir desta forma  por vezes tão violenta !!! E quem vê?! Ninguém... e quando o  veêm muitas vezes é só uma pontinha do muito que tentamos segurar, que por vezes é tanto é tão forte que não nos cabe!!!
O Sentir é como o Pensar, é uma coisa só nossa, das poucas coisas que ninguém tem acesso, das mais simplesmente complexas, que tantas vezes nos baralha, e outras nos ilumina, e por isso há que sentir, pensar sem tabús, sem barreiras porque é quando podemos ser 100% nós, sem filtros, sem rede, só nós!!!!!

Ninguém sabe o que deixa em nós

    Ninguém sabe  o que deixa em nós , nem nós temos noção do que deixamos nos outros...
    Esta vida é feita de caminhos onde nos cruzamentos e nas encruzilhadas fazemos escolhas, umas certas e outras erradas! Não nos devemos arrepender das opções que tomamos nem dos caminhos que quisemos seguir, nem tão pouco, concordo que é perda de tempo o tempo  que passamos com alguém... mesmo que esse alguém um dia já não seja nosso companheiro de viagem!
    Para mim, todas as pessoas que  estão, que estiveram na minha vida ou simplesmente passaram por ela, são importantes; tanto as que me fizeram feliz como as que mais me magoaram. Isso faz o que eu sou hoje, se todas estas vivências não existicem como existiram nos vários caminhos que fiz este Eu seria outro Eu qualquer... mas não este! As vezes que bati com a cabeça ensinaram-me que por vezes é preciso doer para perceber a felicidade, as vezes que caí ensinaram-me a saber levantar mas tb me ensinaram a saber cair sem tanta dor e as vezes que escolhi mal um caminho, aprendi a saber ler os sinais antes de mudar de direção!!!
   Fazemos sempre parte uns dos outros, um dia tu cruzas-te comigo e  eu cruzo-me com ele e com aquele e com o outro... e ninguém sabe  o que deixa em nós , nem nós temos noção do que deixamos nos outros...

A vida é estranha...

Tem beleza esta estanheza, que me faz com que apeteça, bater com a cabeça, não ter medo do que vejo!

Espero-te, e quando fôr preciso, terei o aviso, perco o juízo e dou-te um beijo!

A Vida como as Histórias


    Tudo na  nossa vida tem princípio e fim, e por mais que demore, o desenlace da história acaba sempre por acontecer. A vida é engraçada e por vezes demasiado irónica... tem gozo em nos dar a volta, em nos baralhar e nos pôr de cabeça para baixo só para vermos que o mundo não pode ser visto de uma só maneira!E a minha Vida tem sido mestra em mostrar-me tantos mundos e vidas, tem-me mostrado tantas Patrícias, tem-me feito reler muitas histórias ... histórias que não têm escrito "Fim"! E nisto, esta energia que nos traz e leva coisas, é espectacular, possibilita-nos refazer parte das nossas histórias, retomá-las como se nunca as tivessemos deixado. Já fechei alguns livros das minhas histórias, outros fecharam-se por eles e UM deixei-o sempre aberto na mesma página... e nunca mais lhe mexi! Nunca tive coragem, aliás nunca quis escrever "FIM" esperei sempre nem que fosse velhinha, velinha para escrever um FIM mais bonito, sincero e não tão dorido como quando me sentia quando o deixei em aberto!! E ao fim de tanto tempo, consegui escrever mais umas linhas nesse livro e continuar teimosamente a escrever Aquela história...
 
Tudo vai, tudo vem... só uma coisa fica SEMPRE...
    
  

Alienada deste mundo

Sempre pensei que as nossas dúvidas, e encruzilhadas acabavam aos 20, 20 e poucos anos, mas não!!!
É um ciclo que não pára, porque o mundo não pára, porque nós estamos sempre numa procura incesante!!!Por vezes sou uma motanha russa... ora estou em subia lenta, ora estou em descida vertiginosa com perigosos loopings!!!

Ninguém dá por estas minhas viagens, porque são solitárias, porque são caminhos que ninguém pode fazer por mim ou comigo, porque sou Eu com eu... são viagens sofridas
Às vezes pareço alienada do mundo, porque parece que ninguém pensa como eu, ou se parece preocupar com estas merdas do Eu e do sentimento intrínseco e desta treta toda que faz o nosso pensar!!
Dá trabalho olhar para dentro e ver-nos... e perceber os nossos defeitos, as nossas falhas, as coisas que não gostariamos de ser... às vezes não gosto do que vejo...às vezes não gosto de olhar para dentro de mim!

Será que é por isto que muitas vezes tenho  a sensação que não estou no mesmo mundo que as outras pessoas?!Que não vivo a mesma realidade?Será que olho demasiado para dentro?

É muito estranha, esta sensação de abandono do mundo, de não pertencer aqui...

Rabo de Calças

Nós mulheres somos demais...
Os homens não podem ver um rabo de saia,mas olhem que nós também somos frescas!!!
Basta aparecer alguém mais limpinho e com um aspecto muuuiiitooo saudável para o mulherio ficar em histeria!!!Eu contra mim falo sou a primeira a ficar histérica eh eh,  há espécies bem interessantes!!! Mas não precisam abrir a boca... assim imaginamos a coisa como queremos!!
O mais parvo é ficar derretida com um sorriso e uma piscadela quando sabemos que é um acto banal e de "sedução" barata!...


Mas que resulta!!!

Eles, coitados, é que  pensam que nós não sabemos como funciona a coisa!!!

multiplicações e mutações...

Eu sei que faz parte da nossa evolução e crescimento, mas faz-me muita confusão como podemos mudar tanto...
Mudam-se directrizes, pensamentos, ideais...
Como? como nos mudamos tanto?
É verdade que a nossa essência é (quase) inalterada, mas depois há tantos caminhos que se abrem ao longo do percurso e nesses caminhos outros mais ainda se opõem!


Serão brechas que se abrem na nossa estrutura pessoal? Serão fugas de nós mesmos? Serão outros eus que se assumem e reclamam o seu espaço? Não sei...
Sei que há coisas em mim que desconheço, há coisas que não pensei  fazer, dizer... PENSAR!Sei que cada vez sou mais Patricias, e tenho medo de me perder em tantas multiplicações e mutações. Mas tembém sei o que sou, o que procuro...quero SER FELIZ


Assinado: Eu, ela, a outra, e a outra e a outra....